Antes de tudo, gostaria de frisar que não sou torcedor de nenhum dos times até então envolvidos nas negociações de Ronaldinho por isso darei uma opinião com base no humor, no bom senso e no amor ao futebol. Não tive acesso às propostas, portanto, críticas serão sempre bem vindas.
Como todos estão dizendo na mídia, a transferência do Gaucho para o futebol brasileiro virou uma novela, agora próxima do desfecho. Então, resolvi escrever sobre o conteúdo dessa trama.
Personagens
Assis: O maior protagonista, por incrível que pareça, jogador mediano que jogou no grêmio, mas longe de ser o craque que seu irmão mais novo é. É empresário de Ronaldinho desde o início de sua carreira. Tem fama de capitalista selvagem e o lado financeiro sempre prevalece em suas negociações.
Ronaldinho Gaúcho: É um craque (se em forma) dentro de campo, mas um verdadeiro menino amarelo fora dele. A impressão que dá é que não manda em sua carreira. Gosta da noite.
Felipão: Um excelente treinador que deve ter ser arrependido amargamente de ter trocado times/seleções europeus pelo novo Palmeiras. Vive sempre as sombras da Copa do Mundo de 2002, mas que não pode ser culpado pela situação do seu clube pelas condições atuais.
Patrícia Amorim e seus 40 Ladrões: Uma ovelha em meio de tantos lobos que existem na atual diretoria do Flamengo. Zico já deixou clara a situação a todos. Ainda está sob o nocaute do caso Bruno, e o desempenho pífio do último brasileirão. Pressionada no cargo, tem que dar uma resposta à imensa torcida.
Adriano Galliani: É vice-presidente do Milan e ama o Rio. Tem apartamento próprio e gostaria de ver seu amigo a jogar pelo Flamengo.
Paulo Odone: É presidente eleito do Grêmio. Homem sério e através da política de sócio-torcedores, que tem direito a voto, conseguiu montar um time forte no ano passado, colocando o Grêmio na Libertadores da América.
Cenários
Flamengo: É um time afogado em dívidas. Só não perde para os demais clubes cariocas, mas suas dívidas chegam a mais de R$300MM (Futebol Finance - Ano Base 2009). Depois da conquista do Campeonato Brasileiro 2009, viu-se numa crise sem fim com o caso Bruno, a saída de Zico e a perda da hegemonia Carioca. Quase foi rebaixado em 2010 e deve salários à maioria dos seus ídolos. Conta com uma apaixonada torcida, mas perde muito com o fechamento do Maracanã para as obras de 2014.
Palmeiras: Tem em Felipão o único atrativo. Possui o pior elenco dos interessados e já não tem uma equipe competitiva há algum tempo. Também vive uma crise. Está reformando o Palestra Itália.
Grêmio: Time com o melhor elenco dos interessados, mais sólido politicamente e que aspira as maiores conquistas para a próxima temporada. Disputará a Libertadores da América e é o time que revelou Ronaldinho. Raramente é visto com problemas de salários atrasados e após a queda para série B, sempre esteve disputando nas cabeças das competições que disputa.
Desfecho do Autor (eu)
Se fossemos analisar pelo futebol, em minha opinião Porto-Alegre seria o destino do craque. Jogaria em casa, no time que o projetou, numa equipe forte, podendo colocar seu nome na história do clube. Mesmo tendo saído pela primeira vez de maneira traumática, a torcida estaria do seu lado logo após o primeiro drible ou o primeiro gol. Dinheiro pelo amor de Deus, não é mais problema para Ronaldinho. Não seria mil a mais ou a menos por mês que o fariam migrar para uma equipe atualmente mais fraca, e tumultuada politicamente. Além do mais, iria estar em casa, perto de amigos e familiares. A Libertadores é uma competição tão difícil quanto a Liga dos Campeões da Europa. Depois viria o mundial em Tóquio.
Desfecho provável (real)
Tudo indica que irá para o Flamengo e que uma empresa parceira do clube irá pagar seus salários. Digamos que o craque terá uma vida mais tranqüila que no Grêmio e poderá ficar no Rio, fato que mais pesou na sua escolha. Mais Tranqüila, pois Copa do Brasil é mais fácil que Libertadores. Deverá tomar cuidado com as noites cariocas, para não acabar nas manchetes mais pelo extra-campo do que por suas jogadas. No Flamengo, torcerá pela diretoria arrecadar muito com sua chegada para que consiga montar uma equipe capaz de brigar por títulos.
O dinheiro acabou falando mais alto do que a paixão já que após esse leilão, a conclusão que podemos tirar é que acabou a “Passione” dos clubes que projetam os jogadores, como antigamente.
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