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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CHAMPIONS LEAGUE: OITAVAIS DE FINAL

We are the chaaaaampions!!!! Deve ser sem dúvidas indescritível participar de um evento como a champions league, ou liga dos campeões da UEFA. E nesse clima, gostaria de comentar os confrontos da primeira fase mata-mata deste torneio, definida hoje. Vejam abaixo como ficaram os confrontos:



1) AS ROMA (ITA) X FC SHAKHTAR DONETSK (UKR)
A Roma na minha opinião deverá ser o único time italiano eliminado nesta fase. Vem demonstrando um futebol muito irregular, diferentemente dos meninos do Shakhtar. Time com jogadores jovens e com muitos brasileiro, estão em acensão no cenário europeu do futebol. Deverão beliscar a vaguinha nas quartas.

2) AC MILAN (ITA) X TOTTENHAM HOTSPUR (ING)
O Milan vem aos poucos se encontrando na série A do italiano, com Robinho voltando devagar a sua melhor forma. Thiago Silva permanece sólido na defesa e sempre há a esperança dos flashes de craque de Ronaldinho Gaucho, isso se não for transferido para os Estados Unidos. Por sua vez, joga com um Tottenham embalado, comandados pelo galês Bale, tem dado muito trabalho para os adversários, principalmente nos 3 a 0 aplicados sobre a Inter. Difícil mas fico com o Milan e o iluminado Inzaghi.

3) VALENCIA CF (ESP) x FC SHALKE 04 (ALE)
O Shalke foi um dos clubes que mais se reforçou para a temporada alemã. Raul e Huntelar aos poucos estão se acertando, e confesso que fico com o Shalke somente pela dupla de atacantes.

4) FC INTERNAZIONALE (ITA) x FC BAYER MUCHEN (ALE)
Reeditando a final da última champions, é o grande jogo desta oitava-de-final. Parada duríssima para os dois. Se o jogo fosse na próxima semana, apostava na Inter, já que o Bayer sente muito as contusões de suas principais estrelas mas, como há tempo até o confronto, não há favoritos. Para não ficar em cima do muro, ficarei com a Internazionale, com Rafa Benitez ganhando uma sobrevida no cargo.

5) OLYMPIQUE LYONNAIS (FRA) x REAL MADRID CF (ESP)

Não poderia existir uma oportunidade melhor para uma vingança merengue em cima dos franceses. Existe um “tabu” a ser quebrado que na minha opinião tem tudo para acontecer nesse confronto. Apesar dos 5 x 0 sofrido contra o Barcelona pelo espanhol, o Real tem jogado muita bola, especialmente Cristiano Ronaldo, Di Maria e Xabi Alonso, e Mourinho deu liga ao time. Vale ressaltar a volta de Kaká, que vai ter que mostrar serviço, se não quiser ser negociado na próxima janela de transferência. Pra mim, o Real dessa vez vai mais longe do que nas últimas competições.


6) ARSENAL FC (ING) x FC BARCELONA (ESP)
Nem que o Fábregas jogasse o melhor futebol da sua vida, o Arsenal teria chances contra a equipe Catalã. É o futebol mis bonito, jovem, coletivo e eficiente que a Europa já viu nos últimos anos. Xavi Hernandez e Andreas Iniesta jogam por música. Messi despensa comentários. O Barça de bobear vence suas duas partidas e segue rumo ao tetra campeonato. Ressalto que será outro grande jogo dessa fase eliminatórias afinal, toda vez que o Barcelona joga é um jogo a parte.


7) OLYMPIQUE MARSEILLE (FRA) X MANCHESTER UNITED FC (ING)
Os “Red Devils” pegaram uma pedreira pela frente. Depois da perda da hegemonia do futebol francês pelo Lyon, o Olympique voltou a ser a bola da vez na França. Mesmo assim acredito em Berbatov, Giggs, Rooney e Cia. Passa o Manchester.

8) FC KOBENHAVN (DEN) X CHELSEA FC (ING)
Por fim, a grande zebra da competição dá o adeus. O Kobenhavn da Dinamarca não será páreo para o Chelsea, que mesmo com Ancelloti na corda bamba, deverá passar de fase.

Espero que minhas expectativas aconteçam pois assim teremos confrontos interessantes no restante da competição.

FUTEBOL: PAIXÃO DE BRASILEIRO?

Queridos Blogueiros,

Aproveito o final de ano para fazer minha primeira inclusão neste Blog que ainda vai dar o que falar, pois vem sempre trazendo matérias interessantes ligadas ao esporte com parabéns especial pela ótima matéria sobre os 10+ do tênis.

Pois bem, minha incursão aqui se deve a uma matéria que me deixou extremamente espantado, primeiro porque amo o esporte com grande vantagem para o futebol, que a cada dia me encanta mais. Vejo sempre em qualquer roda de amigos que não tem país do mundo que ame mais o futebol que o Brasil, cresci ouvindo isso e até rodar por alguns lugares nesse mundão de meu Deus acreditava, porém cumpre destacar em meio a isto tudo o link do vídeo do youtube!

Trata-se de um jogo sub-12, isso mesmo, para garotos de até 12 anos e não se trata de uma final, mas um jogo envolvendo o Tottenham da Inglaterra visitando o time do Lech Poznan, da Polônia, equipe quase desconhecida por aqui!



Vale a pena conferir! Destaques para os momentos: 5:20, 6:00, 7:00 e 8:15. Duvido que nos Ba-Vis, Fla-Flus e etc... tenham tamanha torcida e animação para um jogo desta categoria.

Sandro Marcello Borges

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

OS 10 MAIORES DO TENNIS

Nosso blog está muito focado em futebol, resolvi falar um pouco de tennis. Hoje, resolvi fazer minha lista com os 10 melhores jogadores que eu vi jogar. Com certeza essa lista vai dar o que falar, mas é minha opinião, vamos a minha lista:

1 - Roger Federer: Acredito que não existirá no mundo outro jogador igual a ele. A forma que ele joga, faz parecer que tudo é mais fácil, a categoria, a força, a leitura do jogo. Os títulos conquistados por ele, nos faz questionar de onde tira motivação para jogar. Todos os movimentos deles e golpe são perfeitos: Saque (um dos melhores do mundo), Voleio (o melhor da atualidade), posicionamento perfeito (nunca vemos ele correr), é um mito. Como pessoa, é admirado por todos e um exemplo do esporte. Nós somos privilegiados, estamos vendo a história ser contada.

2 - Andre Agassi: Um monstro. Pernas tortas, biotipo físico de qualquer esporte (exceto tennis). Esse cara ganhou todos os torneios importantes que existiram, os quatro grand slams, praticamente todos os Masters Series, e outros. Seu foco era impressionante, já vi jogos, que ele estava perdendo (Como no US Open contra Moya - um dos melhores jogos da história do tennis) de 2 x 1 e simplesmente depois atropelou Moya. Quando ele percebe que o Set estava perdido, simplesmente "descansava", e na volta atropelava. Ele sabia os pontos que não podia perder, e não perdia.

3 - Pete Sampras: Com certeza muitos de vocês colocariam ele em segundo lugar ou até em primeiro. Foi com certeza um dos melhores jogadores de todos os tempos. Muito focado. Saque e Voleio com maestria, quando os jogadores olhavam para a tabela e viam que enfrentariam o homem, simplesmente jogavam a toalha. A direita na corrida, é sem dúvida um dos maiores golpes da história do tennis. Sampras é o segundo recordista de grand slam, um cara também adorado fora das quadras, ele fez um bem danado ao esporte.

4 - Rafael Nadal: Não existem palavras para definir o jogador que esse Espanhol é! Um verdadeiro monstro. Com a idade que tem e 09 Grand Slams na carreira, pode com certeza ser o maior ganhador de todos os tempos. Ele foi o jogador mais focado que já vi na vida. Sabe exatamente o que tem que fazer. Quando enfrenta Federer, ele sabe que vai jogar aquela bola alta com spin na esquerda do suiço o tempo todo, e quando o suiço encurta a bola, ele entra na quadra como um monstro e mata o ponto. Ele sabe o que tem que fazer e faz. Melhorou muito seu saque e se tornou muito agressivo. O maior jogador que já vi no saibro. Na quadra dura e grama é excepcional. Se cuidar bem do físico tem tudo pra ganhar o que vier pela frente.

5 - Marcelo Rios: Talvez o mais habilidoso de todos os jogadores que já existiram. Possuía uma categoria fora de série, brincava com a raquete e parecia que não estava nem aí para o que podia acontecer. Talvez se tivesse um foco maior, poderia ter ganho muito mais coisa. Apesar de ter sido numero 1 do mundo, nunca ganhou um Slam.

6 - Patrick Rafter: O maior voleador que já vi na vida. Era simplesmente espetacular ver ele jogar. Sacava e voleava com uma maestria. Foi congratulado por ter ganho US OPEN (02 vezes). Ele merecia ter tido uma carreira mais longa, mas infelizmente as dores nas costas impossibilitaram.

7 - Marat Safin: Esse russo foi simplesmente espetacular. Um jogador fora do comum. Seu maior defeito: Destestava treinar. Ele dizia o seguinte: Se eu nunca treino e ganho tantos torneios, imagine se treinasse?? Uma vez, ganhou um Master Series, e no outro dia faltou o treino. O técnico quando questionado disse: Como posso forçar um menino de 19 anos com 10 milhões de dólares no bolso a treinar?

8 - Gustavo Kuerten: Ganhar um Grand Slam na primeira vez que disputa, sem ninguem conhecê-lo, e depois ganhar mais duas vezes, o quem mais dizer? Ser número 1 do mundo por 43 semanas seguidas, na mesma época de Sampras, Agassi, Safin, Norman, Rios, o que falar? Guga foi com certeza um dos maiores jogadores que o tennis ja viu. Um dos jogadores mais criativos que já vi (junto com Rios e Federer), ele fazia o que queria com a raquete, muito habilidoso e agressivo. Dificilmente nosso país verá um jogador com ele.

9 - Yevgney kafelnikov: Esse russo era uma carne de pescoço. Dono de 02 Grand Slam, esse russo é um exemplo de perseverança. Treinava cerca de 8 horas por dia todos os dias, acabava o treino e ia sacar. Extremamente frio (nunca vi sorrir na vida). Ganhar dele era muito difícil. Não tinha nem perto a habilidade dos jogadores acima, mas tinha mais perseverança e raça do que quase todos os outros.

10 - Lleyton Hewit: Um grande jogador. Não possuía nenhum golpe espetacular, mas todos eram eficientes. Já ganhou de todos os grandes jogadores de sua época, e era uma carne de pescoço. Sempre foi odiado, pelo seu jeito de ser e atitudes dentro da quadra. Mas foi um monstro.

Gente, espero que tenham gostado, como disse, essa é minha lista, dos caras que vi jogar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Carta aberta aos Rubro-negros e a todos os envolvidos no negócio futebol

Felipe Oliveira/felipeoliveira.fot.br
O texto abaixo foi escrito pelo Sr. Paulo Carneiro, referente aos avanços promovidos por sua administração durante o período que esteve a frente do E.C. Vitória. Esqueçam a rivalidade, e observem os pontos relacionados aos negócios que envolvem o futebol. Agradecimento especial a Jovino Pereira, que fez o texto chegar até a mim, por correio eletrônico.

"Antes de qualquer outra coisa, este texto tem, na verdade, no equilíbrio e na racionalidade, o tripé necessário para se comunicar de forma transparente com todos aqueles que direta e/ou indiretamente estão envolvidos com o futebol, mais especificamente com o “negócio” futebol. Aliás, esta é a primeira verdade racional que precisa ser dita com absoluto equilíbrio aos milhões de torcedores deste esporte único no mundo, e neste caso, especialmente aos torcedores do Esporte Clube Vitória: “O futebol não é somente o mais apaixonante de todos os esportes, é simplesmente um dos maiores negócios da indústria do entretenimento!” [Jovino Pereira]. Foi graças à esta percepção que o Vitória se transformou nas duas últimas décadas.

Outra questão fundamental a ser considerada no preâmbulo desta carta, é que não é possível deixar de ressaltar que existem dois outros aspectos envolvidos neste processo, e que são inteligentemente utilizados para “construir verdades”: 1o) A “paixão” do torcedor; 2o) A “sociedade do espetáculo”, elemento indissociável do mundo contemporâneo inteiramente conectado com a “verdade midiática”. Para compreender estes dois pontos, vale referenciar duas expressões:

“A mão que afaga é a mesma mão que apedreja”. Como conseqüência da paixão, mais do que do amor pelo seu clube, o torcedor age quase sempre como um louco apaixonado que em um determinado momento mais do que afaga, mas quase que idolatra o técnico, o jogador ou mesmo o presidente, no momento seguinte é o mesmo que pede sistematicamente a cabeça daquele que no jogo ou na competição foi carregado nos braços. Mas assim é a paixão e ela é uma engrenagem vital no futebol.

Quanto à sociedade do espetáculo, é preciso buscar um referencial teórico no filósofo francês Guy Debort, que escreveu em 1967 sua principal obra (A Sociedade do Espetáculo), e que, segundo Jean Jacques Pauvert, “ele não antecipou 1968, antecipou o século XXI”. Debort começa sua obra fazendo a seguinte afirmação: “Toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condições de produção se apresenta como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação”. No geral, é assim que tem se comportado a sociedade contemporânea, mais claramente naquelas atividades cuja relação com a mídia é mais intensa, o futebol é uma dessas atividades, principalmente porque ele atinge as massas e convive com o mundo político e das celebridades.

Há hoje uma estratégia que utiliza desses dois elementos acima mencionados para descaracterizar o que foi uma gestão vitoriosa, desenvolvida nos mais de 15 anos que efetivamente transformou um clube perdedor e periférico em clube vencedor e de dimensão nacional, além de uma relativa visibilidade internacional conquistada com o incomparável trabalho implementado nas divisões de base. Não posso, entretanto, sob pena de fugir ao tripé (VERDADE, EQUILÍBRIO, RACIONALIDADE) que norteia esta minha declaração, deixar de reconhecer que este trabalho conduzido sob minha liderança não teria sido possível sem a participação de todos os rubro-negros que estiveram comigo durante este período, numa unidade jamais obtida ao longo dos mais de 100 anos de existência do Esporte Clube Vitória. Portanto, é necessário neste momento de extrema dificuldade, compreender que a paixão não pode ser o fio condutor para tirar o clube dessa situação, pois somente com a verdade, equilíbrio e racionalidade se corrigirá equívocos cometidos sem se perder o que de muito positivo foi conquistado.

É para contribuir com este processo, mas também para me posicionar perante a família rubro-negra, que esclarecerei uma série de questões que vem sendo objeto de veiculação na mídia e que merecem ser discutidas e analisadas com base nos três princípios que orientam esta minha Carta Aberta. Para um melhor entendimento, abordarei separadamente cada uma das questões levantadas nos últimos meses que considero merecedoras de reparos ou esclarecimentos mais detalhados.

Apego ao Poder
Aqui é preciso desmistificar algumas questões que me colocam como um dirigente esportivo extremamente apegado ao poder de ser presidente do Esporte Clube Vitória. Demonstrei de forma prática, na ação e não no discurso, o quanto esta afirmação é incorreta. Quando viabilizamos o Vitória S/A, era o presidente do Esporte Clube Vitória e, considerando ter cumprido uma etapa do projeto de transformar o Vitória em efetivamente um grande clube nacional, renunciei a tal presidência, a qual foi assumida por Maneca Tanajura. Tornei-me então presidente do Vitória S/A, apenas um cargo executivo passível de mudança de acordo com indicação e interesse do próprio Esporte Clube Vitória. Também foi uma decisão pessoal abrir mão da presidência do Vitória S/A no momento em que o clube caiu para a terceira divisão.

Critérios para realização de Auditoria
É importante ressaltar que o Vitória S/A, durante toda a nossa gestão, sofreu auditoria feita por auditores independentes, como cabe a toda empresa S/A, com a divulgação dos demonstrativos contábeis, sem que tivesse havido neste período quaisquer questionamentos de quem quer que fosse quanto à licitude dos atos e ações praticados por quem geria a organização. É bom ratificar que está se falando em auditoria de contas que ainda não haviam sido prestadas. No entanto, não posso deixar de citar que o atual presidente, Alexi Portela, nos afirmou em  telefonema na época, não ter sido encontrado nada de ilícito.

Recompra de ações ao Exxel Group
Apesar de não ter sido constatado nenhuma ilicitude, segundo afirmações do presidente Alex Portela, uma crítica tem sido recorrente entre aqueles que estão atualmente na direção do clube - a decisão de recomprar as ações do sócio majoritário, o Exxel Group. Para explicar esta decisão, é preciso esclarecer alguns pontos e o contexto no qual tal decisão foi tomada:

1º  Havia um claro conflito entre a visão que tínhamos sobre o futuro do futebol e do Vitória e do Exxel Group, que vinha demonstrando total desinteresse por continuar investindo nesta atividade;

2º  O Exxel Group não vinha cumprindo cláusula contratual, asfixiando financeiramente o Vitória S/A;

3º  O processo interno de discussão da recompra das ações foi compartilhado entre todos os membros da diretoria do Esporte Clube Vitória e do próprio Vitória S/A, além de conselheiros influentes. A maior prova de que tal decisão foi conjunta, envolvendo vários e ilustres rubro-negros, é que coube ao presidente do Esporte Clube Vitória e não ao presidente do Vitória S/A, viajar à Argentina para negociar as condições de recompra das ações. Eu não era mais o presidente do Clube;

4º  Em função dos conflitos no relacionamento com o Exxel Group, o Vitória S/A foi à justiça visando conseguir condições vantajosas na negociação de recompra, e isto foi alcançado;

5º  Naquele momento, o Vitória estava fazendo o maior investimento no futebol profissional para não correr risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, e estava fazendo excelente campanha na Copa do Brasil, chegando à semifinal da competição. Com a negociação em curso do aumento dos direitos de TV do Clube dos 13, o Vitória teria totais condições de cumprir os compromissos assumidos, pois o valor ano passaria dos R$ 5,5 milhões para R$ 11 milhões/ano;

6º  Superados os obstáculos finais de licença ambiental, a partir de setembro de 2005 seriam iniciadas as obras do Complexo Esportivo que alavancariam o Vitória estruturalmente, abrindo imensas possibilidades de se atrair novos investidores em condições ainda mais vantajosas.

Estas foram sinteticamente as variáveis envolvidas no processo de negociação da recompra das ações do Exxel Group, cuja decisão foi na época comemorada por dirigentes, conselheiros e torcedores, como a mais acertada. Concluímos a negociação pagando pelas ações a módica quantia de 500 mil dólares. Quanto elas valem hoje e valerão no futuro?

Comparativo: Vitória do passado e do presente
É sempre bom se fazer uma análise comparativa com dados que mostrem concretamente o que foi conseguido durante este período em que estivemos à frente da gestão do clube, para isto, cabe relacionar uma série de dados estruturais e esportivos que demonstram por si só o quanto o clube se transformou para melhor. E, por isso, pôde rapidamente retornar à primeira divisão. Afinal, como era o Vitória daquela época?

§  A situação da Toca do Leão era absolutamente precária, não propiciando aos atletas as condições mínimas de trabalho, afetando a saúde dos mesmos em função do aterro sanitário de Canabrava. Diversos jogadores contraíam hepatite naquelas condições.

§  O Estádio do Barradão estava há três anos com as obras paralisadas, sem condições de jogo, sem iluminação, sem arquibancadas concluídas, sem campos de treinamento, enfim, sem o mínimo necessário a um clube de futebol desenvolver as suas atividades;

§  A cada competição, o clube tinha que praticamente contratar um elenco completo, pois anualmente os jogadores que vinham emprestados deixavam o clube no término dos campeonatos;

§  Não havia divisão de base e o futebol profissional carecia das condições adequadas para treinamento;

§  Embora possam parecer histórias folclóricas, um banco de Kombi funcionava como sofá de escritório e as janelas eram amarradas com arame;

§  O clube tinha somente 10 títulos estaduais, dois deles como amador;

O que foi feito e conquistado durante nossa administração?
§  Reforma e conclusão do Barradão, arquibancadas, bilheteria, cadeiras, tribuna de honra, muro cercando o estádio, portaria, construção da Av. Arthêmio Valente etc;

§  Como Deputado eleito pela torcida rubro-negra, foi viabilizada a construção da avenida Arthêmio Valente;

§  Através do mais ilustre conselheiro do Vitória, o senador Antônio Carlos Magalhães, conseguimos a doação do moderno sistema de iluminação do Barradão;

§  Durante o apagão, o Vitória foi o primeiro clube brasileiro a se adaptar a nova situação, adquirindo dois grupos geradores que garante até hoje uma importante economia de energia elétrica;

§  Construção do Centro de Treinamento Manoel Pontes Tanajura com três campos e sistema de drenagem;

§  Construção de mais seis campos para o CT com terraplenagem concluída e 70% das obras concluídas e já pagas;

§  Construção da Concentração Vidigal Guimarães para os atletas profissionais;

§  Reforma da Concentração Raimundo Rocha Pires para os atletas da Divisão de Base;

§  Construção / reforma de diversas instalações do CT, como almoxarifado, refeitório, central de abastecimento, etc.;

§  Aquisição da Sede de Praia (antigo Clube Piatã);

§  Transformação e adaptação da estrutura da sede de praia para Sede Administrativa Ademar Lemos;

§  Venda ao grupo Madrid / Lisboa da Sede Adhemar Lemos por R$ 8 milhões para serem investidos na infra-estrutura do clube. Estes recursos ingressaram no clube após a nossa gestão;

§  Todo o passivo do clube, de toda a sua existência até junho de 2000, foi regularizado com recursos da sociedade com o Exxel Group;

§  O Plano Diretor, elaborado por Ivan Smarcevisk foi deixado pronto com recursos destinados para sua execução - usaram o dinheiro pra sustentar o clube na Série C, desobedecendo orientação expressa do Conselho Deliberativo. Motivo nobre, mas esse registro serve para demonstrar que o clube não estava com o caixa quebrado;

§  Entrada no Clube dos 13, no final do ano de 1999, proporcionando receitas fixas que determinaram sua auto-sustentação financeira;

§  Hegemonia do futebol regional e conquista de várias dezenas de títulos com a nossa divisão de base em torneios pelo mundo afora e em competições oficiais no país.

§  Inédito vice-campeonato brasileiro em 93, com uma equipe formada a base de jovens atletas formados no clube;

§  Mais de uma centena de atletas formados, e que até os dias de hoje representam o clube dentro de campo e traduzem suas performances em resultados financeiros importantes. Todos, sem exceção, foram formados por nossa equipe. Um legado técnico que fez o clube ser reconhecido como uma das maiores escolas de formação do mundo. Vários deles se traduziram em recursos no caixa do clube após a nossa saída;

§  Participação ativa no projeto da TIMEMANIA e na elaboração da Lei Pelé.

Este foi o clube que durante esses cinco anos foi apresentado ao torcedor como clube quebrado à espera do “mecenas”.

Visão do Futebol-Negócio
Foi esta visão moderna do futebol que permitiu ao Vitória superar sua localização fora do eixo econômico do centro-sul, se tornando uma referência de clube para o país. Este é um legado que foi deixado no clube e que não pode se perder pelo fato circunstancial do Vitória estar disputando atualmente a Segunda Divisão. As mudanças ocorridas no futebol e na legislação esportiva só reforçaram a necessidade de se pensar no Vitória grande, e para isso é preciso continuar formando e vendendo jogadores, pois esta é ainda uma receita fundamental para um clube com as características do Vitória e decerto para qualquer clube do mundo.

Afirmações de que vendemos jogadores prematuramente é fruto do desconhecimento da própria legislação, que reduziu em muito a margem de manobra que permitia estender o ciclo de permanência dos jogadores nos clubes formadores. Quem define o melhor momento de venda é o próprio mercado, agora também voltado ao mercado interno, graças à entrada de vultosos recursos de marketing e TV nos clubes e a chegada dos Fundos de Investimento. As propostas de clubes do exterior só acontecem nos meses de julho/agosto e em janeiro, períodos reservados pela FIFA para regularização de atletas. A não efetivação de uma negociação nestes períodos pode representar a perda de um grande negócio, pois a dinâmica de compra/venda é cada vez mais intensa.

O que vemos agora é um total despreparo dos atuais dirigentes para manejar o clube e aproximar potenciais parceiros e investidores para que o clube possa definitivamente crescer e diminuir a grande diferença orçamentária para os doze mais ricos.

A questão gerencial do futebol e a indicação de um profissional para trabalhar ao lado de um abnegado é o espelho do atraso e da falta de percepção do que o clube realmente precisa. Questões operacionais são consequências da falta de visão empresarial. Se não fosse assim, porque se contratou sete gerentes de futebol nesse período e nenhum deu certo? Será que são todos incompetentes? Claro que não. A questão vem de cima, do modelo de gestão utilizado. Retornamos às práticas da década de 70, quando o amadorismo imperava no clube. Se montava grandes equipes e o resultado era sempre negativo.

O Legado
Esse é o grande objetivo de um dirigente: deixar um legado de realizações e títulos para as novas gerações de torcedores. Éramos 11% no Estado e quando saí ultrapassamos os 42% de jovens torcedores na sua maioria, a quem denominamos de “Geração Barradão”. Esses jovens torcedores não aceitam mais retrocessos. Foram acostumados a sentir os ventos do crescimento e da afirmação como força emergente do futebol brasileiro.

Sinto que estamos ficando para trás, esquecidos e percebidos como uma equipe comum, sem liderança que possa intervir nas discussões nacionais do futebol brasileiro. Como crescer as receitas de marketing se não lutamos nos centros de poder do futebol brasileiro para aumentar a visibilidade da equipe, na janela de exibição “Aberta”? Nos afastamos do Clube dos 13 e nas reuniões somos representados por um técnico do terceiro escalão, que tenho certeza que deve se perguntar o que está fazendo ali. Abnegados, como o nome indica, não podem ser cobrados e responsabilizados por nada. Apenas dão sua parcela de colaboração pelo clube que amam, assim sendo não podem mais fazer parte do organograma de um clube de futebol. O atual presidente, candidato às próximas eleições, é um típico abnegado, apaixonado e com talão de cheque na mão, tentando cobrir os buracos da administração abnegada e não profissional. Sinceramente, que esse momento sirva para que pelo menos possamos saudar nosso “ÚLTIMO MECENAS”, Alexi Portela Junior."

Nota: Essa Carta é para todos os nossos torcedores e público em geral, e em especial para os conselheiros, sócios, funcionários e atletas que participaram dessa árdua, mas prazerosa missão.
A você, Alexi, que tanto nos ajudou na telefonia do Barradão, meu agradecimento especial.

Escrito por Paulo Carneiro.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DINHEIRO É DINHEIRO

O Barcelona aceitou uma proposta para colocar patrocínio na camisa, vai receber 30 milhões de euros por temporada, a maior cifra da história do futebol, superando Manchester United e Real Madrid. "Qatar Foundation".

Eu particulamente acho que o Barça acertou. No mundo de hoje, não podemos em nenhuma hipóteses, rejeitar tanto dinheiro. Com certeza o fato do Barça nunca ter tido patrocínio, criou um símbolo muito forte, mas esse dinheiro com certeza será muito bem vindo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

BRAVO GOIÁS! NÃO LEVOU PELO CAPRICHO DO FUTEBOL!



Começo este texto indignado com a imprensa brasileira, com a Comebol, e com o zagueiro do Goiás Ernando. É inadimissível que se fomente brasileiros a todo momento a torcer contra seu próprio país numa decisão de um torneio internacional. A todo o momento, o canal Sport TV, o qual assisti a partida estava mais preocupado em mostrar torcedores do Grêmio que literalmente torciam contra. Tudo bem, não serei hipócrita o suficiente para dizer que se fosse o meu time, não estaria no fundo que acontecesse um resultado favorável ao mesmo mas, continuo achando que isso é coisa de TORCEDOR! Achei um desrespeito a torcida do Goiás mostrar sempre nos gols do time Argentino a vibração da torcida gremista. Talvez por se tratar de Grêmio e o pobre bravo Goiás.

Outra coisa, para quê privar ao futebol brasileiro essa vaga na Libertadores da América? Ah! É pra não ter muitos times de um país só? Isso pode acontecer com qualquer um basta ser um time competitivo, que ganhe a Sul Americana. Quem ganha é o torneio que abre suas portas para times mais fortes. Por exemplo, essa vaga a mais poderia ser a do time mexicano, que disputa como convidado e nem ao mundial ele vai. Nunca aconteceu mas soa no mínimo estranho um Mexicano ser campeão de um torneio da América do Sul. Em minha opinião, haveria vagas fixas, independente do resultado de Libertadores e Sul-Americana, ficando a cargo do desempenho dos clube de seus países neste torneio. Tira do México e dá pra uma Bolívia, Peru, Colombia sei lá. Diversifica. Não sei. A última indignação é com o grosso zagueiro Ernando do Goiás. O moleque grosso. A "braga" no segundo gol do Independiente custou caro.

Queria enaltecer o futebol jogado pelo Goiás ontem no lotado estádio de Alvejeneda que por sinal, foi um espetáculo a parte. A torcida Argentina dá um show nas arquibancadas. Cantam sem parar. Sobre o jogo, esquece o primeiro tempo. To falando do segundo em diante. Goiás jogou muita bola e merecia ter definido o jogo no tempo normal ou na prorrogação. Penalty infelizmente é loteria. Rafael Moura, o He-Man, me surpreendeu muito positivamente. Bom na cabeça, dribles de corpo, chutes de fora da área. Perdeu 2 gols de frente, mas nunca poderá ser crucificado. Marcão jogando solto, saindo pro jogo. Wellington Saci voou pela esquerda do campo.

Cuidado aos que jogarão a 2a Divisão no próximo ano. Se mantiver a base, restarão apenas 3 vagas em disputa pois um já é do Goiás.

Abaixo, os melhores momentos do jogo:

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PETRODÓLARES: A INFLAÇÃO DO FUTEBOL MUNDIAL

Acabei de entrar no portal GloboEsporte.com, e me assustei. O xeique do Manchester City simplesmente está brincando de jogar dinheiro pra cima! Depois das frustradas passagens de Robinho e Elano no time inglês, da negativa de Kaká, da sondagem por Daniel Alves, eles agora querem oferecer nada mais nada menos que R$156MM (EUR $70MM) por Iniesta. É lógico que não precisa nem dizer que será mais uma transação frustrada, mas, abre-se um espaço para a valorização de outros jogadores, deixando o mercado do futebol com valores astronômicos!

  
Um bom exemplo disso que estou falando é que o zagueiro do Real Madrid, Pepe, quer renovar seu contrato com o clube merengue que acaba em 2012 desde que receba EUR 6MM por ano, o que seria nada mais nada menos que o terceiro maior salário do clube, atrás apenas de Cristiano Ronaldo e Kaká. Pepe, meu amigo, fique com seus EUR 2MM e ache bom porque do jeito que anda batendo, e tomando 5 do Barça, tá de ótimo tamanho!


Alguém precisa dizer aos xeiques que dominam o futebol que um bom jogador precisa estar brigando por título já que para os melhores, o dinheiro já não faz tanta diferença. Das 10 maiores transferências da temporada, o City foi responsável por 5, desembolsando EUR 132,95MM. E ainda pretende oferecer tudo isso por Andreas Iniesta, já na janela de janeiro.


Mais uma vez, elogio o Barcelona, que para mim é o melhor time de futebol da atualidade que ontem ganhou fácil sua partida pela Champions League com uma meninada boa de bola, contando inclusive com o filho de do ex-jogador Mazinho, campeão mundial em 1994.

Agora com a copa lá no Oriente, os xeiques vão deitar e rolar!






terça-feira, 7 de dezembro de 2010

LIBERTADORES DA AMÉRICA

Caros leitores, tenho uma opinião sobre os vencedores da Taça Libertadores da América, e queria dividir com voces.

A estatística mostra que os times argentinos e uruguaios, possuem individualmente mais títulos que os times brasileiros (indiviudualmente). Por exemplo, o Independiente 07 , o Boca Juniors 06, Penharol 05, Estudiantes 04 e Nacional 03. No Brasil temos São Paulo (03), Santos (02), Gremio (02), Inter (02) e outros times com 01 título.

Essa estatística é clara e diz muita coisa. Na minha opinião, o fato que mais influencia essa dinastia desses times urugaios e argentinos é a seguinte: Durante muito tempo, os campeonatos argentinos e uruguaios, possuíam apenas 01 ou 02 vencedores, ou seja, todo ano o Boca Juniors, River Plate, Independiente e Penharol jogam libertadores, isso deve-se ao baixo nível dos outros times que disputam o campeonato argentino e uruguaio. Jogando todo ano, aquela competição passa a ser rotina para esses times, e obviamente quanto mais jogamos mais ganhamos. Então, o fato desses times todos os anos jogarem a libertadores, faz com que suba e muito a probabilidade de ganhar.

Eu não aceito e não concordo com o argumento de que os times argentinos e uruguaios terem mais raça que os brasileiros, eu não concordo com isso. O que também influencia muito, é o fato de que os estádios argentinos e urugaios serem muito mais alçapão do que os Brasileiros. Jogar em alguns estádios brasileiros em uma libertadores é campo neutro. Um maracanã com 40 mil pessoas, é muito mais tranquilo para o time visitante do que um La Bombonera com 15 mil.

Mudando de assunto, vamos acabar com o nacionalismo do Santos de Pelé. Não quero discutir o quanto espetacular o time foi, bi campeão do mundo e base da seleção brasileira. Mas e o Boca de Tevez? Bi campeão com ele, e depois que ele saiu ganhou de novo com Riquelme humilhando o Gremio, e Mano Menezes dizendo que não tinha o que fazer pra ganhar?

RESULTADO DA ENQUETE: VITORIA NA SÉRIE B

 
Os nossos leitores começaram o blog com o pé direito. A maioria apostou na queda do Vitória-BA após a última rodada do final de semana, o que acabou acontecendo após o empate por 0 x 0 com o Atlético-GO. Rivalidade a parte, a queda rubro-negra gera motivos para uma nova discursão: As equipes de pequeno porte do futebol nacional estão preparadas para jogar competições simultâneas durante o calendário futebolístico brasileiro? Aconteceu o ano passado com o Sport de Recife, que jogou a taça Libertadores da Améria no primeiro semestre, e acabou caindo para a segunda divisão. Agora, aconteceu a mesma coisa com Goiás, na Sul-Americana e  com o Vitória-BA que disputou a final da Copa do Brasil esse ano. Obrigado aos votantes e até a próxima enquete.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PRÊMIO CRAQUE DO BRASILEIRÃO 2010

   

Estou aqui morto, mas como não podia deixar de acompanhar o premio craque do brasileirão.
O prêmio começou com um discurso extremamente político do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Político, explicado principalmente pela ilustre presença de Lula na platéia do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Achei um discurso inteligente por um lado, já que seu foco foi fazer um paralelo aos mandatos do presidente de 2002 até 2010 e o futebol brasileiro. Mas também achei que forçou um pouco a barra, aproveitando para encher a bola do presidente e puxar ainda mais o saco do Fenômeno. Detalhe que o mesmo falou mais uma vez da fórmula do brasileirão por pontos corridos, o que eu discordo. Destaque para as vaias recebidas pelo presidente da entidade máxima do futebol.
No formato 4-4-2 clássico o prêmio escolheu um goleiro, dois laterais (direito e esquerdo), dois volantes, dois meias e dois atacantes.
A cozinha eleita pelos especialistas ficou definida com Fábio (Cruzeiro), Mariano (Fluminense), Dedé (Vasco), Miranda (São Paulo) e Roberto Carlos (Corinthians).
Surpresa positiva neste campeonato achei o Mariano que voou baixo na ala direita do Fluminense. O esquema do Muricy possibilitava o avanço dos alas, lembrando que Mariano colocou ninguém menos que Belletti, contratação cara para a temporada. Outra revelação foi o Dedé, que logo deverá ir pra Europa. Roberto Carlos se mostrou mais adaptado ao futebol brasileiro sendo a válvula de escape do Corinthians, desafogando a defesa com passes e lançamentos precisos.  Pra mim, Leandro Euzébio do Fluminense fez um ótimo campeonato e melhor que o Miranda. Coube ao Leandro Euzébio o troféu de Bronze.
A meia cancha foi definida com dois volantes do Corinthians (Jucilei e Elias) e dois argentinos (Montillo e Conca).
Jucilei terminou a temporada com uma moral incrível, estando sempre presente nas listas de Mano Menezes, mas pra mim, o Fabrício jogou muito mais e merecia o troféu de ouro. O restante nenhuma novidade. Conca foi um monstro e mereceu ganhar todos os prêmios da noite. Elias é um volante leve que sabe chegar muito bem a frente. Lembra um pouco o futebol de Ramires. Está indo pro Atlético de Madrid, grande desfalque pro ano que vem do Corinthians. Agora uma coisa que queria lembrar: Como deve estar inchada a cabeça da diretoria do Flamengo. Após a Libertadores o Montillo foi oferecido ao Flamengo que não quis. Só não foi o craque do campeonato porque o Cruzeiro não foi campeão. Dá nisso uma desorganização sem tamanho. Preferiu contratar Diogo e Deivid. Meu Deus! Teve uma amostra grátis no jogo contra  a La U, e não pegou. Pagou o pato por essas e outras.
Queria fazer um comentário sobre os outros indicados a meia-esquerda. Douglas e Bruno Cesar fizeram uma excelente temporada. Não é a toa que um foi pra seleção e o outro foi a revelação do campeonato. Renato Gaúcho ressuscitou o Douglas e Bruno Cesar, como meia, foi o artilheiro do Timão no campeonato.
Sou suspeito para falar da arbitragem, pois todos os três indicados tiveram atuações parelhas, errando menos que no campeonato passado. Então, tanto Paulo Cesar de Oliveira quanto Carlos Eugênio Simon quanto Sandro Meira Ricci poderiam ter levado o troféu. Por bom senso, daria pro Simon que apitou sua última partida ontem, por tudo que fez pelo futebol brasileiro, mas, Sandro Meira Ricci ficou com o primeiro lugar.
Ápice da premiação. Momento que me arrepiei. A torcida do Bahia ganhou o troféu de ouro, roubando a cena do Coritiba campeão brasileiro da série B. Não teve quem não se ficasse contente com a volta do Bahia. Ao fundo, ouviu-se um Bora Baeeea! Um detalhe foi o comentário de Marcos Palmeiras para o Orlando Silva, ministro dos esportes, que é Vitória, dizendo que para que o mesmo não ficasse triste que o time dele voltaria no próximo ano.
Os atacantes deste time não poderiam ser outros a não ser Jonas do Grêmio, que foi artilheiro do campeonato com 23 gols e Neymar do Santos, artilheiro do Brasil na temporada. O que me espantou foi à indicação de nomes como Kleber do Palmeiras, Eder Luis do Vasco e Loco Abreu do Botafogo que não fizeram nada demais neste campeonato.
Muricy Ramalho ganhou novamente como melhor treinador. Esse é o nome dos pontos corridos. Ganhou seu 4º título, do campeonato mais difícil do mundo. É muito difícil o técnico campeão não levar o troféu, mas como estou aqui dizendo o que eu acho, daria pro Renato Gaucho pela campanha do Grêmio.
Depois as entrega das taças, uma justa homenagem ao Ronaldo Fenômeno e aos craques da seleção de 70. Não canso de ver os filmes dessa copa. Que time!
Acabo o texto fazendo a seguinte provocação: um time com Fabio, Mariano, Dedé, Miranda e Roberto Carlos; Jucilei, Elias, Montillo e Conca; Neymar e Jonas treinada por Muricy e com a torcida do Bahia na arquibancada não era favorita para ganhar qualquer campeonato de clubes no mundo?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O MELHOR TIME DO ANO, NÃO TEME O MATA-MATA



É verdade eu sei. Todo final de temporada voltam-se as discussões sobre o formato do campeonato brasileiro de futebol. Por um momento se acreditava ter chegado a um formato ideal onde se beneficiava aquele time que melhor se planejava, melhor se preparava, enfim, o clube mais estruturado do futebol brasileiro. Os questionamentos surgem a partir do momento que vemos umas últimas rodadas de rivalidades extremas, provocando inclusive motivos para corpo-mole e as famosas “malas-brancas”.  Não adianta querer dizer que este formato é o mais JUSTO. Digo isso porque sei muito bem o significado da palavra JUSTIÇA que pelo meu famoso amigo GOOGLE define como sendo a igualdade entre todos os cidadões.
Não tenho objetivo nenhum em criticar os clubes por obterem estratégias de arrecadação diferenciadas, e obterem vantagens competitivas perante os adversários no certame, mas, critico sim a igualdade entre os clubes de receitas fixas como televisão (ver link anexo) e ajuda de custo do clube dos 13. Sou fã do programa de sócio do Internacional de Porto Alegre. Não é a toa que são campeões de tudo. Porém, acho que devemos premiar a organização e acabar com a pouca vergonha que há no futebol há muitos anos. O virtual campeão brasileiro 2010, o Fluminense, é o clube que apresentou a maior dívida do futebol brasileiro em 2009, com aproximadamente R$329MM (ver link anexo). Como isso é possível? Tudo bem existe a UNIMED na jogada, mas, mesmo assim, soa um pouco estranho que um clube com tal dívida seja capaz de contratar estrelas como DECO, BELETTI, MURICY RAMALHO e por aí vai. A mesma coisa foi com o Flamengo de 2009. O Corinthians de 2005 com a MSI. Salve o São Paulo e o Cruzeiro que foram frutos de boas administrações.
O que quero dizer com tudo isso é que existe uma clara diferença entre os orçamentos dos 20 times que disputam o campeonato brasileiro da Serie A, deixando o título nas mãos de poucos ao longo dos anos. A classificação final dos campeonatos acabam refletindo uma realidade econômica do nosso país.
Usa-se muito os formatos dos campeonatos europeus como exemplo, mas, vejam vocês: Espanha (Real Madrid e Barcelona), Itália (Milan, Inter e Juventos), Alemanha (apesar do Wolfsburg, é Bayer vs. o resto), Inglaterra (Man. United, Chelsea e Arsenal) e por aí vai.
Desse jeito, nunca mais veremos um Bahia, um Coritiba, um Atlético-PR, um Sport ou um Guarani voltar a ser campeão brasileiro. Nunca veremos um Vitória, um Avaí, um Figueirense ou um Ceará levantar a taça.
Em minha opinião deveremos sim beneficiar as melhores campanhas, mas não entregar o título diretamente, sem o mata-mata. Se for o melhor do Brasil, ganha de quem vier pela frente.